Entre um treino e outro, em um alojamento de uma pequena vila no oeste do Quênia, longe de sua família, o corredor Eliud Kipchoge usa parte de seu tempo de descanso para limpar banheiros. Quem olha para sua rotina sem conhecer sua trajetória, pensa que se trata de mais um atleta iniciante no mundo da corrida, que ainda não consegue viver do esporte.
Kipchoge, contudo, não só é um veterano no asfalto, como é considerado um dos melhores maratonistas do mundo, com diversos títulos nas principais provas de 42 km, premiações em campeonatos mundiais, além de duas medalhas olímpicas nos 5.000 metros. Com 31 anos, o queniano, aliás, é o favorito à medalha de ouro, neste domingo (21), na maratona da Olimpíada do Rio. Ele tem a melhor marca da temporada (2h03min05s), conquistada em Londres, e que o deixou a apenas 8 segundos do recorde mundial, do seu compatriota Dennis Kimetto.
Mas com um currículo desses, por que o atleta ainda leva essa vida? Por opção. O atleta abriu mão de todo o conforto de uma vida milionária para viver uma rotina humilde, pois assim, segundo ele, não perde a motivação. “Atletismo não é tanto sobre pernas”, disse Kipchoge em uma entrevista para a Runner’s World. “É sobre coração e mente”.
Assim como os demais moradores do alojamento, onde a maioria é de atletas sem patrocínio, o experiente corredor precisa fazer todas as tarefas de casa, como limpar banheiros, cuidar do jardim e preparar a comida. “A parte mais difícil é ficar longe dos meus filhos, já que eles sempre querem ficar comigo”, disse o campeão, que é casado e tem três filhos.
Fonte: ativo.com
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